por João Henrique Areias
Uma mensagem a todos os membros de Gestão e Marketing Esportivo
Casa do Saber | Rio - Parceria: SESC-Rio
O país do futebol, além dos gols Mídia, idolatria, política e identidade nacional
Ronaldo Helal
O curso pretende discutir as narrativas da imprensa na construção das figuras públicas de ídolos do futebol e na construção da identidade nacional por meio desse esporte. As construções midiáticas se processam em uma relação dialética com os objetos mitificados, sejam eles os atletas ou as narrativas que buscam relacionar estilos de jogo com a cultura. O curso propõe uma maior compreensão sobre a dinâmica que move a cultura brasileira por meio de uma reflexão sobre algumas simbologias do futebol brasileiro. saiba mais
Início 02 de setembro • Quintas-feiras, às 19h30 • 4 aulas
R$ 160 + 1 parcela de R$ 200
02 DE SETEMBRO 1. FUTEBOL E IDENTIDADE NACIONAL NO BRASIL
Como o jornalismo esportivo contribuiu para a “construção” da identidade nacional por meio do futebol. O debate em torno do livro "O negro no futebol brasileiro", de Mário Filho, e sua importância na formação da simbologia do futebol brasileiro. O declínio da “Pátria de Chuteiras”: o esmaecimento do discurso em torno do “nacional” nas recentes conquistas e fracassos em Copas do Mundo. O que esperar da Copa de 2014 no Brasil em termos de discursos sobre o “nacional”?
09 DE SETEMBRO 2. O HERÓI E SUAS PROVAÇÕES: CASO RONALDO "FENÔMENO"
A narrativa em torno da trajetória de Ronaldo rumo ao posto de herói começa, paradoxalmente, na França, em 1998, quando o atleta teria sucumbido, na final, às intensas expectativas nele depositadas. Naquele momento, os fãs “descobriram” que o mito era um “homem como outro qualquer”, “dormia abraçado ao pai nos momentos difíceis”, e ainda, de forma emblemática, tratava-se de “um menino”. Na “queda” do ídolo, presenciamos sua “humanização”. Ao invés do “fenômeno”, “descobrimos” Ronaldo, o homem, e abrimos o caminho para a trajetória heroica do atleta.
16 DE SETEMBRO 3. ZICO E ROMÁRIO: A CULTURA BRASILEIRA E SEUS ANTAGONISMOS
A biografia de Zico: o sucesso através do esforço e do trabalho. A biografia de Romário: o sucesso por meio da “irreverência” e da “malandragem”. As narrativas das trajetórias dos dois atletas falam de modelos antagônicos de heróis cultuados em nossa cultura e nos mostram que as construções de suas biografias fazem parte de uma relação dialética entre as ações dos “objetos mitificados” – Zico e Romário – e o contexto social.
23 DE SETEMBRO 4. BRASIL E ARGENTINA: DO "AMAR ODIAR" E DO "ODIAR AMAR"
A semelhança da “construção” simbólica do futebol no Brasil e na Argentina. O que fazem argentinos e brasileiros quando “olham” para o futebol do “vizinho”? Identificam-se ou reforçam uma outra identidade “mais brasileira” ou “mais argentina”? Os argentinos “odeiam amar” os brasileiros enquanto os brasileiros “amam odiar” os argentinos. A “construção” e o acirramento da rivalidade no futebol. Os estereótipos de ambos os lados.
Ronaldo Helal
Professor do Departamento de Teoria da Comunicação da Faculdade de Comunicação Social da Uerj e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da mesma instituição. Pós-doutor em Ciências Sociais pela Universidade de Buenos Aires, doutor em Sociologia pela Universidade de Nova York e pesquisador do CNPq. Coautor de "A invenção do país do futebol: mídia, raça e idolatria", autor de "Passes e impasses: futebol e cultura de massa no Brasil" e "O que é sociologia do esporte".
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